Não há nada melhor...

...que comprar um livro.
Detesto ir às compras e andar a pedir licença para passar a pessoas que insistem em não ouvir e nos obrigam a passar-lhes por cima ou a dar uma volta enorme para chegarmos onde queremos. Odeio comprar roupa e ter que experimentar ums 6 peças (que é o máximo qu se pode leva para os provadores) para no final fazer contas à vida e ver que, afinal, só posso levar uma. Faço por demorar o menos possivel nas compras, excepto quando compro uma coisa: livros.
Devo confessar que é um vício, sou atraída para uma livraria como um gaiato é atraído para uma loja de doces. Encantam-me aquelas prateleira cheias de livros, apetece-me começar a tirar um aum e a ler, algo que faria não fosse correr o risco de as senhoras da livraria nao gostarem muito e eu acabar a ser corrida dali para fora. Gosto de perder tempo a escolher o livro que quero levar, a abri-lo (o cheiro a livro novo!)...
E depois gosto especialmente de um livro que não me deixe vontade de fazer mais nada senão lê-lo até ao fim de uma assentada!
Ah também gosto bastante daqueles cartões de cliente que nos dão descontos...gosto especialmente disto!

A nova aquisição é Colisão de Jeff Abbott, um senhor que "apreceio" bastante.
Agora se me dão licença...o livro está a chamar por mim...

"Loneliness it's just a word"

Não, não é caro David Fonseca. Por muito que goste da música em questão (The 80's) vejo-me obrigada a discordar, a solidão não é apenas uma palavra. Também não sei ao certo o que é...mas sei que é lixada como tudo.
Deixa-nos em baixo e insiste em não passar com facilidade, "isso com o tempo passa" é frequente dizermos para apenas nos enganarmos a nós próprios (e dizem os outros para pararmos com aquelas parvoices lamechas e depressivas).
Mas pior que nos sentirmos sós é sentirmos que não fazemos absolutamente nada para mudarmos esse facto, pior ainda (!) que tivémos a oportunidade de o fazer e estragámos tudo. Isso sim é mesmo lixado!
Aí passamos o dia a ouvir músicas sobre grandes amores que resistem a tudo e suspiramos a pensar no dia em qu cantaremos alegremente as mesmas músicas com o mesmo sentimento...

Depois de tanto tempo sem ligar a isto venho e faço este post tão deprimente...eu sei, ninguém merece ler isto mas estava mesmo a precisar. Isto com o tempo passa...

O pânico...o horror..o drama!

Havia dois estágios que quase todas as raparigas da turma aguardavam com alguma ansiedade: Obstetrícia e Pediatria!

Óbvio que a Rita tinha que ser diferente...e estava desejando não ter que ir para a Pediatria. E tudo porquê? Porque existe um projecto chamado Operação Nariz Vermelho! Alguns Doutores Palhaços vão aos hospitais brincar com crianças e tornar a hospitalização algo mais alegre. É bonito, sim. É útil e é uma grande ideia. É de admirar o trabalho destes palhaços.
Só tinha um pequeno problema: a minha fobia de palhaços :) Eu era daquelas crianças que desatava num berreiro no circo quando apareciam os palhaços e só me calava quando me levavam da tenda. Estava tããão entusiasmada por ter que os ver todas as semanas....
Todas as terças feiras lá estava eu a fugir dos palhaços de todas as maneiras possíveis ou a tremer que nem varas verdes quando eles se aproximavam de mim para dizer "Olá"

Quando acabou o estágio eu fiquei orgulhosa de mim mesma! Eu tinha passado 5 minutos na mesma sala que um palhaço sem chorar baba e ranho! Wo-hoo!
Lá vou eu toda contente para o estágio de psiquiatria convicta de que nada me assustaria desta vez, vá...a não ser termos que rezar antes e depois das refeições por ser uma casa "gerida" por freiras.
Tudo a correr lindamente, a Rita a adorar...até que decidem mostar um pouco da casa...e qual a mascote de uma Casa de Saúde no âmbito da Saúde Mental e Psiquiátrica?
Exactamente o que estão a pensar...Um Palhaço. Mas desta vez de pano.

Não creio ter forças para resistir desta vez. Mas pelo menos se ceder ao diabólico palhaço, já estou no sítio certo :)

Eu até me posso rir quando alguns professores, em momentos de grande inspiração (!), dissertam sobre portos seguros e a sua importância na formação da nossa personalidade. No momento até tem piada, atendendo ao contexto em que é dito, quase sempre em aulas de saúde mental...
Mas tenho que lhes dar razão...
Há locais que hão-de ser sempre portos seguros. O meu tem o mar a bater nas rochas, a Ilha do Pessegueiro ao fundo e a casa da avó bem perto. Mesmo com este frio que teima em não ir embora, sabe sempre bem voltar la :)

"Jovem, dá-me um minutinho da sua atenção?"

Eu começo a achar que tenho ar de crente (se é que existe!). Se eu passar 5 minutos na rua vem sempre alguém ter comigo perguntar-me se eu gosto de ler e já de revista esticada na minha direcção! E se for apenas uma pessoa tenho muita sorte, em dias "bons" chego a ser abordada por 5 pessoas diferentes, todas com o mesmo objectivo: fazer-me acreditar.
E não adianta dizer que não, não temos um minutinho. Da última vez que o fiz ouvi "É por causa de jovens como você que o mundo está assim, um antro de loucura e devassidão!"
Bonito...agora sou responsável pela devassidão do mundo...e tudo isto porque não quis ler a revista! Mas não era suposto cativarem as pessoas que encontram na rua?
Senhor pregadores (não sei se este será o nome mais correcto..) este discurso não me cativou assim muito...
Eu não acredito, ponto. Não tenho nenhuma crença em qualquer entidade superior que oriente as nossas vidas, mas respeito as crenças dos outros, mesmo que não concorde. Agradecia que respeitassem, também, a minha falta de crença.

E, por favor, convençam-se que quem viveu anos sem acreditar, não é com meia dúzia de páginas que vai começar a fazê-lo.

E não...eu não me esforço para contribuir de forma significativa para a devassidão e caos mundial!

À 1098823ª vez é de vez!

Foram estas as vezes (aproximadamente) que tentei criar um blogue!
De todas as vezes ia sempre dar ao mesmo: depois não tenho que escrever, depois não me apetece comentar, depois... Mas desta vez venci a preguiça e a vontade de desisti e cá estou eu!Pronta para falar de tudo o que me passar pela alma, bom e mau.
Vamos ver como corre...

Rita P.